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Menina dos olhos tristes

 Menina dos olhos tristes, O que foi que tu viste? Por que andas assim? Por que foges do mundo... Foges de tudo... Foges de mim?... Menina dos olhos tristes, Quanta dor existe Dentro de ti? Os teus lábios úmidos De invisíveis prantos Ainda sorri Mesmo que um sorriso mudo? O que diz o refrão Do teu último canto!? Não vês que Mesmo calada e distante De tudo Não perdes o encanto!... Não vês? Então por que vives assim, Como se fosse o fim? Por que foges do mundo? Por que foges de mim? Menina dos olhos tristes Quando foi que ristes Um riso sem dor, leve E cheio de calma... Sem angústia e temor A ferir-te as entranhas da alma?!... Menina dos olhos tristes Ontem eu a vi passar Mas não me viste! Eu, ao longe, vi Os teus olhos a brilhar... Tinhas uma solitária lágrima Na face a rolar.  - Agora sei Que anjo Também pode chorar! Havia tanto silêncio Ao teu redor... Mas o silêncio em ti Parecia ser ainda maior... Menina dos olhos tristes Ainda tens guardado em ti Um sorriso, Mesmo que mudo...

Busque-me

 Busque-me ! Seja onde for. Busque-me! com todo o teu amor... ou com todo o teu furor. Busque-me em qualquer canto...de qualquer jeito...em teus encantos,em teus tristes cantos... - E no entanto, até mesmo em teus desencantos...ou no conforto de teu leito. Busque-me!  Busque-me ! Busque-me de qualquer jeito. Busque-me dentro de ti ou do lado de fora. Busque-me! Mas busque-me agora. Busque-me enquanto há tempo. Não demora! Talvez eu esteja perto e tão fácil de se achar. Busque-me antes que outro alguém possa me encontrar. Talvez eu ainda possa estar em algum lugar perdido dentro de teu coração. Busque-me mesmo sem motivo,sem razão... Busque-me no sol,na chuva,ao vento...pela noite fria. Pode ser que você me veja passeando pelo firmamento ou quem sabe, dormindo ao relento... ou sentado numa praça ouvindo uma sinfonia...e sonhando com você cheio de alegria. Talvez caminhando desatento por aí à toa esperando você mais um dia. Busque-me pela estrada longa e deserta...ou dentro de u...

Poeta alado

 Era um poeta que sonhava em ser santo. Era um poeta que ao alto elevava o seu canto. Era um poeta solitário,sem casa,sem manto... Era um poeta que quase ninguém o via. Era sempre poeta - mesmo nas tristezas e loucuras de seus dias. E a sua vida era uma fantasiosa poesia . Algumas vezes escrevia torto, meio que sem jeito, mas com um toque de magia as palavras emanavam da eterna dor que sentia em seu peito. Gostava de passar horas e horas na solidão de seu pequeno e simples leito. E o poeta insanamente ria...ria...ria... E cada gota de seu sangue que escorria tornava tudo a sua volta ainda mais perfeito. Sonhador - olhou uma última vez a lua,as estrelas,a rua... Sentiu em seu coração um aperto. O seu mundo foi ficando ainda mais estreito. Naquela noite esfriou,ventou,chuveu... Sentiu um amargor na boca. A vista escureceu. E ninguém... ninguém apareceu... E ali em seu cantinho simples e apertado com apenas uma caneta e uma folha ao seu lado o poeta finalmente tornou-se em um ser gra...