Postagens

Mostrando postagens com o rótulo morte

Drácula

 O teu sangue me dá vida. O meu desprezo te envenena. O meu olhar profundo torna a tua dor mais amena, ou te condena?! O meu sorriso te apavora?! Devias ver-te! Pois a tua dor agora é tão horrenda! E não há ninguém lá fora! Ninguém!Já é chegada a hora! Eu sou a  lenda que desvenda os teus mais terríveis mistérios. Beijarei a tua boca fria cheia de medo e agonia. Mostro-te meus encantos, minha sedução e também a minha ironia ... E então, hipnóticamente, tu me mostrará o teu macio e saboroso pescoço e eu o morderei com minhas presas afiadas. E para comemorar a noite sangrenta e sombria  Eu a levarei sob minhas asas ao meu antigo cemitério! Eu lhe trarei vergonhas e vituperios ... E destruirei teus impérios de falsas alegrias! Amo noites silenciosas e frias! Ninguém ouviu o teu último canto! Mutilei com palavras cruéis o teu coração! Quem se importará com os teus prantos?! Você ficou presa numa grande teia de ilusão e amou-me tanto que fantasiou um amor puro e eterno! - Mas você se esquec

Sid e Nancy

 Lá vai Sid e Nancy! Num estranho e louco romance! Procurando adrenalina numa dose de heroína. Em Nova York, num quarto sujo do Chelsea Hotel, entre agulhas, garrafas e muito sangue... Um pedaço de papel! - Um inacabado poema antes da última e fatal dança! Na morte um dilema. No punhal a esperança. Sexo, drogas, roubo, violência...vingança...  Enquanto Nancy quase morre de overdose, Sid só quer mais uma dose! Entre drogas,bebidas, agitação... O corpo cansado de Sid não adormece. O dia amanhece... Sid se vê em desespero quando encontra no banheiro a sua Nancy caída no chão!... No hotel a correria... Todos vêm em sua direção... Pouco tempo depois chega a polícia, sirene, ambulância, Paparazzis e também a multidão!... Nancy está morta! Sid sai de camburão!... Houve acusação mas sob uma fiança, Sid então é liberado... Os dias passam e saudade só aumenta... Sid quer mais drogas - Pois ele não se aguenta! Sid quer mais uma dose... Quer morrer de overdose! E no fim ele se matou só para a en

Poema das Estrelas

 Uma estrela suspensa no ar. Uma outra estrela flutuando no mar. Estrelas cadentes encravadas no peito... Estrelas doentes apagadas no leito... Uma estrela emersa na água com olhos inertes e abertos cheios de mágoas. No éter - uma última mensagem. Nas águas - uma triste e dolorosa imagem. Uma estrela suspensa no ar pairando em perfeita harmonia. Uma outra estrela flutuando no mar em meio as águas escuras e frias. Uma linda estrela que se deixou levar ao encanto susurrante que veio do mar. A bela e jovem estrela em desespero entregou-se a sorte! - Causa da morte: Viu uma pequena estrela suspensa no ar!...

Eu sou

Sou as gotas de veneno no copo de vinho. Sou a lápide no monte verdejante e quedo. Das flores eu sou os espinhos. Sou o teu sonho triste e cheio de medo. Sou noite tenebrosa de lua cheia. Sou as tuas lembranças pálidas e vazias. Sou a solidão que à tua casa vagueia. Sou o vento que corta a noite fria. Sou anjo mudo de asas quebradas. Sou o teu tudo e o teu nada. Sou as palavras tristes das tuas poesías. Sou a sinfonia da morte e seus agouros. Sou a lentidão das horas que aflinge os teus dias. Sou aquele que te faz chorar e depois ri do teu choro. Sou o fio afiado da navalha que fere os teus vãos sentimentos. Sou a força invisível que rasga véus, mantos, mortalhas... Sou aquele que perfura as entranhas de teus secretos pensamentos. Sou aquela tua sensação estranha que faz o tempo ficar mais lento. Sou o sangue amargo e escuro que verte da garganta dos seres impuros. Sou a fonte dos desejos ardentes da donzela que finge ser santa. Sou aquele que faz você chorar desesperadamente em longas

A meretriz

 Morre aos poucos, fatigada, delirante, taciturna... a pálida meretriz na solidão noturna. Ali no leito, onde já fora chamada de imperatriz - Quantas e quantas noites de orgia?! Brincava, gozava, sorria... - Mas não era feliz! Entre gemidos, lascívias e lassidão, senhores ébrios e jovens cheios de uma mesma ilusão... Noites quentes de venturas...carteados, cigarros, vinhos, gargalhadas... - Lembranças vagas de uma triste criatura!... Quantas vezes sentiu-se violentada?!... E constrangida e indefesa não reagiu e ninguém fez nada?!... Sonhos mutilados ainda tão cedo na vida!... E a cada beijo que ganhava era uma nova ferida que em seu pobre coração se abria. E muitas vezes querendo chorar ela sorria ! - Também sabia ser atriz. Adeus, óh rainha da noite !...Bela e eterna meretriz! Noiva predileta da solidão... Levarás contigo o segredo de tua única e grande paixão. Mas quem sabe agora em teu perfumado leito de morte ( que já não é mais um recanto repleto e que infelizmente tornou-se em um

Licor de morte

 Em cada boca fria um profundo corte. Licor de morte em cada poesia. A face do poeta sonhador também estava fria como o gelo. E a sua despedida - um longo pesadelo... O poeta viveu intensamente o amor...as aventuras e os sonhos por inteiro. Nada de viver aos pedaços. Mas naquela noite havia sangue e lágrimas em seu travesseiro. - Não houve tempo se quer de dar ou receber aquele último e longo abraço. Sobre o chão havia uma folha solta; era a sua última poesia. A caneta ainda estava em sua mão... O poeta era amante da noite,do dia...  Gostava das mulheres e do vinho. Mas infelizmente morreu sozinho! A morte daquele que um dia sonhou em ser um grande poeta foi uma morte cheia de poesia, discreta...  Era o poeta um maluco sonhador que vivia ocultando a sua dor. Ele sempre estava tentando mudar o que já não tinha jeito, ria do que era belo,admirava o que tinha defeito, via a sua humilde casa como um enorme e elegante castelo... Às vezes na eterna busca daquilo que estava distante o poeta n

Atira!

 Eu não temo a masmorra, A forca ou a guilhotina... Mas neste teatro de horrores que me armaram não esperem que eu morra Antes do abaixar das cortinas! Negaram-me me os fatos. Jogaram-me aos ratos. Não cumpriram os tratos. Seja morte lenta ou repentina,de forma pública ou secreta... - Comemorem com fogos de artifícios, bebidas, máscaras, barulho, serpentinas... Estou bem em tua mira! Então,atira! Atira! Atira! Depois inventa uma história. Fique com a glória... Com a tua vitória! Todos sambiam a verdade mas somente me trouxeram as mentiras! Então... Atira! Atira! Atira!...

Joana D'arc

 Tudo o que ela queria neste mundo de ilusão Era um pouco de alegria ao invés de escuridão... Mas tudo o que ela via era tristeza e solidão! Na ânsia da morte ela dizia: Não me mande flores - Eu só quero o teu perdão! Vivi entre santos-pecadores, entre sábios,feras, traidores... E sempre andei na contra-mão. Sempre gostei de estar ao lado dos loucos, dos sonhadores E navegar sem direção. Onde é que estão os nossos heróis,os nossos amores Que só nos deu decepção?! Onde é que eles estão? Deixo a vida este show de horrores-Fome,morte,destruição... Há sempre muito sangue pelo chão! Além de termos que enfrentar os nossos próprios monstros,temos que lutar o tempo todo contra os manipuladores que querem nos manter em escravidão. Eu vi nos olhos da multidão: Tristeza,cansaso,pavor... - Tudo... Tudo é perdição! O meu sangue já não tem mais cor. Aqui neste mundo Já não vejo mais a luz. Aqui tudo é escuridão! Nada de alegria;.   Somente tristeza e solidão!

Há tanta esperança

  Há Tanta esperança em teus versos poéticos...nos teus avisos proféticos...até mesmo em teus contos mais patéticos...Há tanta esperança que às vezes são os doentes que curam os medicos.Há tanta esperança em tuas flores mágicas...em tuas solitárias danças...em tuas mortes trágicas...nos teus dias de crianças ...em tuas festas nostalgicas.Há tanta ironia em teus sonhos,medos e angustias,delirios,lembranças e euforias...Há anjos,poetas e flores por todo o teu caminho.Há tanta esperança de que seu nome esteja escrito por paredes,livros e pergaminhos.Às vezes há esperança nos lugares mais estranhos...em tudo que não tem tamanho...em tudo o que não se pode ver...em tudo que não se pode ter...e no que não quer acontecer...na saudade,no perdão,no amanhecer!...E se vejo tanta esperança é por que estou em tuas fantasias e em tuas solitárias danças;mas você não pode me ver.Há tanta esperança de que tudo um dia irá mudar...de que em breve poderemos voar.Há tanta esperança...  enquanto você sonhar

Não havia sonhos...

 Não havia sonhos. Não havia amores. Já não havia belos anjos e muito menos flores. - Somente havia espinhos...e não havia mais ninguém naquele caminho. Já não se ouvia música. E no céu não havia estrelas ou lua. Um estranho nevoeiro denso cobria as ruas. E de repente um forte vento...um estridente grito de dor ... Tudo ruiu em um só momento. (O meu rosto estava coberto de palor !). Não havia cura. Não havia nada. Somente uma sepultura a beira da estrada...e ao lado, uma pequena navalha que fez o corte no pescoço santo que conheceu a morte sem ter um véu, uma mortalha,um sagrado manto... De repente eu via a imagem de uma donzela, radiante e bela que languida adormecia em meio a devastada natureza... Sua face parecia cheia de dor e agonia, medo e tristeza. Vi que em sua testa estava escrito em brasa a palavra POESIA. Tudo alí era incerteza ! Em nada mais havia encanto. E se ouvia os prantos de algumas almas suicidas, estranhas,amargas,frias... Já não havia mais almas puras. Era então a

Beije...

 Beijes meu caixão. Sintas toda dor! Beijes-me com paixão. Não te sintas com pavor. Guardes a tua última oração. Negro é o sangue do amor! Aqueças o meu corpo pálido e frio. Tudo está tão triste e vazio! Ninguém me trouxe uma única murcha flor! Abraces meu caixão. Sinta toda dor. Beijes minhas mãos! Dê-me o teu calor. A morte - talvez seja um sonho louco cheio de alucinação. Guardes Como recordação aquela tua última palavra que mortalmente feriu meu coração. Olhes com contemplação para a lua que no alto jaz sem cor! - Um momento de transfiguração da alma que morreu dependurada na cruz mutilada do amor. Não tivestes compaixão! - Pois de um louco amor matastes este teu anjo sonhador. Venhas para o meu caixão que a noite está chuvosa e fria. Venhas sentir a sensação! - Não temas a noite sombria. Somente a morte tem razão - o resto é fantasia. Ouças a última sinfonia... Beijes os meus lábios gelados com os teus lábios mudos. Olhes! -Tudo está frio, parado, estranho, calado... Agora o nada

Poeta

 Um poeta faz-se de muita dor. E a sua alma é repleta do mais puro amor. A sua vida nunca é completa - pois ele é um eterno sonhador. Um poeta é o mais puro quimerista... Um incessante alquimista... Demiurgo de seu próprio mundo - Grande criador...um visionário,um idealista,um fantasiador,um realista... Às vezes um ser que parece invisível,sem cheiro,nem sabor... Um forjador imprevisível,ludibriador... - Sabe o poeta que algumas poesias é uma espécie de leitura fria . O poeta é a voz daquele que clama no deserto. E mesmo quando tudo é ilusão,ao escrever,ele consegue trazer aquilo que está longe para bem perto. Ora o poeta é uma alma feliz - ora uma alma aflita. E mesmo quando calado,sua alma grita!!! O poeta é tão forte que ele escreve sobre a dor,a alegria,o amor,a morte,o medo,o vazio e a solidão que em seu mundo vaga. - Pois ele é a verdade e a mentira escrita que nem mesmo o tempo apaga!

Anjo dos olhos verdes

Por que choras anjo triste? Por que choras sem parar? Agora sei que anjo existe - posso ver em teu olhar. Por que choras anjo sem alento? Por que choras sem parar? Não te esqueça por um só momento que um dia nós iremos nos encontrar! Por que choras anjo lindo? Por que choras sem parar? Sorrias! Pois eu agora estou indo... estou indo para o meu lugar! Não chores mais... Ó,anjo lindo! Pois agora tudo irá se eternizar. Não vês? Minha alma agora está sorrindo ... Depois de tantas noites e dias de lutas, cansaços e agonias...minha alma finalmente irá descansar!... Não! Não chores mais! Sorrias! Sorrias! - Pois não te esqueças de que um dia nós iremos nos encontrar!!!